Magnetismo



«O Magnetismo preparou os caminhos do Espiritismo, e os rápidos progressos dessa última doutrina são, incontestavelmente, devidos à vulgarização das ideias da primeira. Dos fenómenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase, às manifestações espíritas, não há senão um passo; sua conexão é tal que é, por assim dizer, impossível falar de um sem falar do outro. Se devêssemos ficar fora da ciência magnética, nosso quadro estaria incompleto, e se poderia nos comparar a um professor de física que se abstivesse de falar da luz. Todavia, como o Magnetismo já tem entre nós órgãos especiais, justamente autorizados, tornar-se-ia supérfluo cair sobre um assunto tratado com a superioridade do talento e da experiência; dele não falaremos, pois, senão acessoriamente, mas suficientemente para mostrar as relações íntimas das duas ciências que, na realidade, não fazem senão uma.» (O Magnetismo e o Espiritismo, Revista Espírita, Março de 1858)


Basta ler uma vez para que se perceba. Acontece, porém, que há muito boa gente no Espiritismo que nunca leu isto (para não falar nos que raramente leem seja o que for), e, ainda pior, os que tendo lido não aceitam o que é dito, vítimas talvez de um condicionamento mental que nega ao Espiritismo tudo o que não tenha aspecto de fé religiosa.

Convém lembrar que Magnetismo é a ciência onde pontuam nomes como Du Potet, Puységur, Deleuze… Ora, para os que nas casas espíritas na rotina do passe pensam que usam o magnetismo como terapia importa referir três regras básicas que ignoram, sem as quais brincam ao faz-de-conta, ainda que bem intencionados. A saber: distância, velocidade, sentido. Se não se sabe o básico, como vai saber-se o resto? Seria sensato absterem-se da prática, tal como quem não é cirurgião deve abster-se de fazer cirurgia.


Feito este preâmbulo, que é o de uma voz a clamar no deserto, passo a transcrever excertos do texto publicado no sítio indicado.


Projecção de energia das mãos de cuidadores

https://www.reiki.org/articles/science-measures-human-energy-field


(…)

«No início dos anos 1980, o Dr. John Zimmerman começou uma série de importantes estudos sobre o toque terapêutico, usando um magnetómetro SQUID1, na Universidade de Colorado, Escola de Medicina, em Denver. Zimmerman descobriu que um enorme campo biomagnético pulsante emanava das mãos de um praticante de TT. A frequência das pulsações não é constante mas são “varreduras” para cima e para baixo de 0,3 a 30 Hz (ciclos por segundo), com a maioria da actividade na faixa de 7-8 Hz (Figura2).2 As pulsações biomagnéticas das mãos estão na mesma faixa de frequência das ondas cerebrais e estudos científicos sobre as frequências necessárias para a cura indicam que elas naturalmente varrem para a frente e para trás através de toda a gama de frequências terapêuticas, sendo assim capaz de estimular a cura em qualquer parte do corpo.




Figura 2.


A confirmação dos resultados de Zimmerman veio em 1992, quando Seto e os seus colegas, no Japão, estudaram praticantes de várias artes marciais e outros métodos de cura. A “emissão Qi” das mãos é tão forte que pode ser detectada com um magnetómetro simples que consiste em duas bobinas, de 80.000 voltas de fio. Desde então, uma série de estudos de praticantes de Qigong estenderam estas investigações para o som, luz e campos térmicos emitidos pelos “curadores”. O que é particularmente interessante é que a frequência de pulsação varia de momento para momento. Além disso, os pesquisadores médicos em desenvolvimento de terapias de campos magnéticos pulsantes estão a descobrir que estas mesmas frequências são eficazes para “ponto de partida” de cura numa variedade de tecidos moles e duros, mesmo em pacientes não curados por um período até 40 anos. Frequências específicas estimulam o crescimento de nervos, ossos, pele, capilares e ligamentos.»

(…)

«Não é amplamente entendido que “ondas cerebrais” não estão confinadas ao cérebro, mas na verdade espalham-se por todo o corpo através do sistema perineural, as bainhas de tecido conjuntivo que cercam todos os nervos. O Dr. Robert O. Becker descreveu como este sistema, mais do que qualquer outro, regula os processos de reparação de lesões em todo o corpo. Assim todo o sistema nervoso funciona como uma “antena” para projectar as pulsações biomagnéticas que começam no cérebro, especificamente no tálamo.

Além disso, as ondas que começam como pulsações relativamente fracas no cérebro parecem ganhar força à medida que fluem ao longo dos nervos periféricos para as mãos. O mecanismo desta amplificação envolve provavelmente o sistema perineural e os outros sistemas de tecidos conjuntivos, tais como a fáscia que a ele estão intimamente associados.»


*



«Quando o terapeuta utiliza a totalidade do seu instrumento de uma maneira criativa, e a sua alma flui através das suas mãos na magnetização, através de todo o seu campo de energia na irradiação, através de imagens e de palavras, de sentimentos e pensamentos; quando o homem na sua integridade flui como um canal amoroso da vida, a cura é possível. Há mais plenitude de vida, e a vida do paciente adquire uma qualidade diferente, embora a doença física nem sempre desapareça.» (Jorge Carvajal, Pelos Caminhos da Bioenergética, uma arte de curar)



1 SQUID é um acrónimo para Superconducting Quantum Interference Device.

2 Este é o padrão das ondas-alfa, a reflectir-se também no paciente. É geralmente o padrão que se obtém através da prática da meditação e sincroniza com as frequências do campo magnético da Terra, a Ressonância Schumann, que vibra a 7,83 Hz. Como filhos de Gaia, só nos fará bem esta sincronia.

Os mundos e os seus habitantes evoluem a par. A Terra iniciou um novo ciclo, tendo aumentado um pouco a sua frequência vibratória. Este aumento está a produzir sintomas orgânicos tais como enjoo, dor de cabeça, tonturas, sensação de dissociação, etc. Estas indisposições resultam do desfasamento entre frequências, já que muitos corpos continuam “presos” à anterior frequência da Terra. (N. do A.)

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