Astrologia

867 – De onde vem a expressão: Nascer sob uma feliz estrela?

Velha superstição que ligava as estrelas ao destino de cada homem; alegoria que certas pessoas têm a tolice de tomar ao pé da letra.”

O que diz a Ciência: A principal razão pela qual a maior parte dos cientistas não acreditam em astrologia não tem a ver com provas científicas, ou a falta delas, mas sim com o facto de a astrologia não ser compatível com outras teorias já submetidas ao teste da experiência. (Stephen Hawking, O Universo Numa Casca de Noz)

Traduzindo: Em primeiro lugar, as constelações são grupos de estrelas que parecem estar próximas umas das outras, e que são nomeadas em função de diferentes objectos, animais ou figuras da mitologia, por observadores humanos em algum momento da história. (A propósito Kardec comentou: “A crença na influência das constelações, sobretudo das que constituem os doze signos do zodíaco, proveio da ideia ligada aos nomes que elas trazem. Se à que se chama leão fosse dado o nome de asno ou de ovelha, certamente lhe teriam atribuído outra influência.”) Elas são registadas em um mapa bidimensional do céu usado para orientação, para facilitar que os astrónomos encontrem objectos e expliquem sua localização e para os navegadores determinarem sua posição. O universo, por outro lado, não gira em torno do nosso planeta, que é o que torna arbitrário esses agrupamentos de estrelas.

Em segundo lugar, temos a precessão dos equinócios, que é um dos vários movimentos realizados pela Terra e corresponde ao deslocamento circular efectuado pelo planeta em torno do eixo de sua eclíptica. 

Actualmente, os equinócios ocorrem com o Sol posicionado sobre a constelação de Peixes, mas na “ciência” astrológica continua na de Carneiro. Prevê-se para ainda este século a deslocação do ponto vernal para Aquário, pelo que além de já ninguém ser do signo que pensa que é mas sim do anterior a breve trecho passa a ser do anteanterior. Posto isto, não se percebe a lógica da astrologia e fica evidente que a realidade desconstrói a teoria em que assenta. E se trígonos e quadraturas e sextis e oposições e conjunções de planetas influenciam o destino, então temos que voltar a prestar culto aos velhos deuses com nome de planeta, porque são eles quem determina a boa ou má sorte.

Por outro lado temos o que diz Emmanuel (O Consolador, item 140):

As antigas assertivas astrológicas têm a sua razão de ser. O campo magnético e as conjunções dos planetas influenciam no complexo celular do homem físico, em sua formação orgânica e em seu nascimento na Terra; porém, a existência planetária é sinónima de luta. Se as influências astrais não favorecem a determinadas criaturas, urge que estas lutem contra os elementos perturbadores, porque, acima de todas as verdades astrológicas, temos o Evangelho, e o Evangelho nos ensina que cada qual receberá por suas obras, achando-se cada homem sob as influências que merece.”

Finalizo com a pergunta: com quem ficam os espíritas, com Kardec e a Ciência, ou com os bitaites do astuto Emmanuel e a superstição? Ai, as incongruências da fé!


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