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Mostrando postagens de novembro, 2022
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  M agnetismo « O Magnetismo preparou os caminhos do Espiritismo, e os rápidos progressos dessa última doutrina são, incontestavelmente, devidos à vulgarização das ideias da primeira. Dos fenómenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase, às manifestações espíritas, não há senão um passo; sua conexão é tal que é, por assim dizer, impossível falar de um sem falar do outro. Se devêssemos ficar fora da ciência magnética, nosso quadro estaria incompleto, e se poderia nos comparar a um professor de física que se abstivesse de falar da luz. Todavia, como o Magnetismo já tem entre nós órgãos especiais, justamente autorizados, tornar-se-ia supérfluo cair sobre um assunto tratado com a superioridade do talento e da experiência; dele não falaremos, pois, senão acessoriamente, mas suficientemente para mostrar as relações íntimas das duas ciências que, na realidade, não fazem senão uma. » ( O M agnetismo e o Espiritismo, Revista Espírita, Março de 1858 ) Basta ler uma vez par
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  Propriedades da matéria 30. A matéria é formada de um só ou de muitos elementos? “ De um só elemento primitivo. Os corpos que considerais simples não são verdadeiros elementos, são transformações da matéria primitiva.” «De acordo com a teoria das cordas, existe só um ingrediente fundamental – a corda 1 -, e a multidão de espécies de partículas reflecte simplesmente os diferentes padrões vibracionais que uma corda pode executar. (…) A descoberta-chave é que o padrão específico de vibração executado por uma corda produz uma massa específica, uma carga eléctrica específica, um spin específico, e por aí fora - isto é, a lista específica das propriedades que distinguem uma partícula de outra. Uma corda a vibrar num dado padrão pode ter as propriedades de um electrão, enquanto uma corda a vibrar num padrão diferente pode ter as propriedades de quark-up, um quark-down ou qualquer outra das espécies de partículas fundamentais. (…) Uma espécie única de cordas pode dar c
  Teoria da presciência (Cap. XVI de A Génese) «1. Como é possível o conhecimento do futuro? Compreende-se a possibilidade da previsão dos acontecimentos que devam resultar do estado presente; porém, não a dos que nenhuma relação guardem com esse estado, nem, ainda menos, a dos que são comumente atribuídos ao acaso. Não existem as coisas futuras, dizem; elas ainda se encontram no nada; como, pois, se há de saber que se darão? São, no entanto, em grande número os casos de predições realizadas, donde forçosa se torna a conclusão de que ocorre aí um fenómeno para cuja explicação falta a chave, porquanto não há efeito sem causa. É essa causa que vamos tentar descobrir e é ainda o Espiritismo, já de si mesmo chave de tantos mistérios, que no-la fornecerá, mostrando-nos, ao demais, que o próprio facto das predições não se produz com exclusão das leis naturais.» Sem embargo da teoria exposta no capítulo supra referido de A Génese, é de interesse reparar na explicação que um Espír
  A propósito de comunicações mediúnicas Os Espíritos que estiveram com Allan Kardec foram claros em relação às comunicações: 1) que não sabiam tudo, e 2) que dentro do que sabiam nem tudo lhes era permitido dizer 1 . As imediatas deduções são de que: 1) por maior estatuto que tenham, há sempre alguém superior detrás, 2) tudo tem o seu tempo, o que encontra analogia na natureza: a fruta colhe-se madura. Uma nova ideia, um novo paradigma, tem que ser maturado antes de impor-se e para poder impor-se. Infere-se também que as grandes doutrinas e os messias que lhes estão associados servem uma época. Podem perdurar no tempo porque o amadurecimento desta “fruta” mede-se em milénios, mas não podem deixar de ser provisórias na sua manifestação. Bem mesquinha seria a vida, e o universo, e Deus, se fossem a última explicação. Esta introdução remete-nos para Ernesto Bozzano que em “Comunicações Mediúnicas entre Vivos” a dado passo diz: «Se há entidades espirituais superiores que pro
  Jesus 625. Qual é o ser mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para servir-lhe de guia e de modelo? A esta questão, a resposta no original francês é “Voyez Jésus” (Vêde Jesus). Nas edições em português, de Portugal e do Brasil, numas surge conforme o original, noutras simplesmente Jesus. Acontece que não é a mesma coisa, o alcance é diferente; não sei se será inocente este descuido. Sendo a resposta simplesmente “Jesus”, ela absolutiza, não dando lugar a alternativas; sendo “Vêde Jesus”, serve como exemplo mas dá espaço a alternativas. Entende-se que a falar para a cristandade Jesus seja a referência a apresentar; afinal, a cristandade não aceita outra, se conhece qualquer outra. Todavia, não parece descabido supor que a falar para outras culturas, para outras regiões do globo, os avatares seriam outros: Krishna 1 , Zoroastro, Sidarta Gautama, Maomé… E pelo mesmo motivo de não aceitarem outra referência. Quando se trata de religião todo o cuidado com as palavras é po
  Astrologia 867 –  De onde vem a expressão: Nascer sob uma feliz estrela? “ Velha superstição   que ligava as estrelas ao destino de cada homem ; alegoria que certas pessoas têm a tolice de tomar ao pé da letra.” O que diz a Ciência: A principal razão pela qual a maior parte dos cientistas não acreditam em astrologia não tem a ver com provas científicas, ou a falta delas, mas sim com o facto de a astrologia não ser compatível com outras teorias já submetidas ao teste da experiência. (Stephen Hawking, O Universo Numa Casca de Noz) Traduzindo: Em primeiro lugar, as constelações são grupos de estrelas que parecem estar próximas umas das outras, e que são nomeadas em função de diferentes objectos, animais ou figuras da mitologia, por observadores humanos em algum momento da história. (A propósito Kardec comentou: “ A crença na influência das constelações, sobretudo das que constituem os doze signos do zodíaco, proveio da ideia ligada aos nomes que elas trazem . Se à que se cham
  Livre arbítrio 258. Quando se encontra na erraticidade, antes de iniciar nova existência corpórea, tem o Espírito consciência do que lhe sucederá na vida terrena? Pode prevê-lo? “ Ele mesmo escolhe os tipos de provas por que há de passar; nisto consisteo seu livre-arbítrio.” Pode perguntar-se se o livre arbítrio consiste só nisto, na escolha de provas, estando nós doravante condicionados pela necessidade de que ocorram, e se essa escolha também ela já não está condicionada na sua origem por uma qualquer outra necessidade, aplicando-se aqui a necessidade de correcção e progressão. Esta questão traz à baila o Asno de Buridan. Buridan, célebre filósofo nominalista do século XIV, ilustrou as polémicas a respeito do livre arbítrio por meio do exemplo de um asno que tinha igualmente fome e sede, mas que, colocado à mesma distância de uma gamela com água e outra com grão, não sabia escolher, a ponto de permanecer imóvel e morrer. Este argumento simboliza, a partir daí, a n
  Relações simpáticas e antipáticas dos Espíritos. Metades eternas (resumo, por Allan Kardec, do conteúdo dos itens 291 a 303 de O Livro dos Espíritos) «A teoria das metades eternas é uma alegoria que representa a união de dois Espíritos simpáticos; é uma expressão usada na linguagem comum e que não deve ser interpretada ao pé da letra. Os Espíritos que se servem dela, seguramente, não pertencem à ordem mais elevada. A esfera de suas ideias é necessariamente limitada e expressaram os seus pensamentos segundo a linguagem utilizada durante a sua vida corporal. É necessário, portanto, rejeitar a ideia de que dois Espíritos, criados um para o outro, deverão fatalmente reunir-se na eternidade, após terem sido separados durante um lapso de tempo mais ou menos longo.» Agora o conteúdo de O Consolador, de F. C. Xavier/Emmanuel, itens indicados. “ 323 – Será uma verdade a teoria das almas gémeas? – No sagrado mistério da vida, cada coração possui no Infinito a alma gém
  PSI «282. Como os Espíritos se comunicam entre si? “ Eles se veem e se compreendem. A palavra, que é material, mais não é que um reflexo da faculdade espiritual. O fluido universal estabelece entre eles uma comunicação constante. É o veículo da transmissão do pensamento, como o ar é o veículo do som. Uma espécie de telégrafo universal que liga todos os mundos, permitindo aos Espíritos comunicarem-se de um mundo a outro.” 401. Durante o sono, a alma repousa como o corpo? “ Não. O Espírito jamais permanece inativo. Durante o sono, os laços que o unem ao corpo se afrouxam e este não tem necessidade do Espírito. É quando ele, então, percorre o espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.” 420. Os Espíritos podem comunicar-se estando o corpo completamente desperto? “ O Espírito não está encerrado no corpo como numa caixa: irradia ao seu redor. Eis por que pode comunicar-se com outros Espíritos, mesmo no estado de vigília, embora isto ocorra com m
  Do Ensaio teórico sobre a sensação nos Espíritos (257) “ Mas, dir-se-á, as sensações agradáveis são transmitidas ao Espírito pelo perispírito, tanto quanto as desagradáveis. Ora, se o Espírito puro é inacessível a umas, deve sê-lo igualmente às outras. Sem dúvida, àquelas que provêm unicamente da influência da matéria que conhecemos. O som de nossos instrumentos, o perfume de nossas flores não lhes produz nenhuma impressão e, não obstante, eles desfrutam de sensações íntimas, de um encanto indefinível, que não podemos ter nenhuma ideia, porque estamos para elas como cegos de nascença para a luz. Sabemos que essas sensações agradáveis e subtis existem; mas por qual meio? Aí se detém o nosso conhecimento. Sabemos que o Espírito possui percepção, sensação, audição, visão – que essas faculdades são atributos de todo o seu ser e não apenas de certos órgãos, como no homem. Mas, ainda uma vez, de que forma? É o que não sabemos. Os próprios Espíritos não podem nos explicar, pois n
  Pensar o Espiritismo, hoje « 222. O dogma da reencarnação, dizem certas pessoas, não é novo; é simplesmente o ressurgimento da doutrina de Pitágoras. Não dissemos, jamais, que a Doutrina Espírita é uma invenção moderna. O Espiritismo, por ser decorrente da própria Natureza, deve ter existido desde a origem dos tempos. Temos sempre procurado provar que encontramos os seus traços desde a mais remota Antiguidade. (…)» O Espiritismo, por ser decorrente da própria Natureza, deve ter existido desde a origem dos tempos. Logo, o Espiritismo é transversal a todas as religiões e filosofias espiritualistas e é independente de todas elas. A propósito, Kardec diz algures que se o Espiritismo tornar melhores as pessoas nas suas religiões, já valeu por isso. Como ilação primeira temos que o Espiritismo não é uma religião em si, é uma filosofia espiritualista que pode ser aplicada em qualquer religião – e não ter nada com nenhuma. Ora acontece que o Espiritismo como o temos hoje é uma,