Ectoplasma
O termo ectoplasma (do gr. ektós, fora, exterior + plasma, foi criado por Charles Richet (1850-1935), depois deter observado, numa série de sessões com a médium Eva Carrière, acontecidas em 1903, que os fenómenos ocorriam graças a uma substância viva, esbranquiçada, que dela saía. Antes de Richet, todavia, já era detectada pelos chamados iniciados, inclusive Paracelso, que no século XVI chamou-a de mysterium magnum.
Sérgio Felipe de Oliveira associa a motilidade mitocondrial à produção de ectoplasma.
Com base nos experimentos, observações e informações de notáveis investigadores, como W.J. Crawford, Charles Richet, Gustave Geley, Albert Schrenck Notzing, Mme. Bisson, William Crookes, Johann Zöllner, Paul Gibier, Ernesto Bozzano, Gabriel Delanne, Alexandre Aksakof, Albert Coste, Violet Tweedale, Hernani G. Andrade, Carlos de Brito Imbassahy e outros, é possível, já, catalogar algumas características do ectoplasma. Assim:
Substância de natureza filamentosa ou fibrosa, que, quando visível, pode apresentar-se branca, cinzenta ou preta, embora a primeira seja a mais frequente.
A visibilidade é variável, podendo parecer luminosa com intensidade que cresce ou diminui. Pode também ser invisível ou não.
Geralmente, ao natural, é inodora, embora, às vezes, possa desprender um odor particular difícil de ser descrito.
Por vezes é frio e húmido; em outras, viscoso e semi-líquido, mas raramente seco e duro (quando forma cordas é duro, fibroso, nodoso). Dilata-se, expande-se, contrai-se, fácil e suavemente.
Ao tacto pode-se senti-lo como uma teia de aranha.
Uma corrente de ar pode agitá-lo ou movê-lo. Move-se, às vezes, lentamente, numa espécie de movimento reptiliano sobre o corpo do médium; outras vezes, o movimento é súbito e rápido.
É de extrema sensibilidade, podendo aparecer ou desaparecer com a rapidez do relâmpago.
Obediente à acção mental, é sensível ao toque físico e particularmente à luz.
Emana através de todos os poros do médium, especialmente, da boca, das narinas, dos ouvidos, do tórax e das extremidades (alto da cabeça, seios, pontas dos dedos), sendo reabsorvido ou dispersado no final do processo.
Assume as mais diversas formas, sob a influência, em cada uma delas, de um campo organizador específico, mostrando a sua irresistível tendência à organização. E, em certos casos, quando adensado, pode ocupar um determinado volume no espaço.
Há, ainda, evidências de que possa estar sujeito à acção da gravidade.
Em condições específicas de adensamento, apresentar-se-ia como elemento condutor do magnetismo e da electricidade.
Finalmente, o ectoplasma não só penetra (ou atravessa) qualquer tipo de matéria, como com ela interage, tanto física, como quimicamente (nível atómico). Daí, por exemplo, o seu emprego na produção de efeitos físicos ou a sua aplicação em trabalhos de cura.
E essa acção pode, também, ocorrer a distância: presentes as necessárias condições, o ectoplasma de um doador pode perfeitamente servir a um paciente que esteja em outro lugar.
Independe do carácter e das qualidades morais daqueles que a possuem, constituindo emanações do mundo psicofísico.
Eventos ectoplásmicos
tiptologia; sematologia; cinetologia; escrita indirecta; pneumatografia; pneumapictura; pneumatofonia; transcomunicação instrumental; fotografia transcendente; escrita fotográfica; dermografia; dermopictura; levitação; transfiguração; terapia ectoplásmica; materialização; moldagens; deformação de objectos; desmaterialização – rematerialização; transporte; endoporte-exoporte; deslocamento de móveis e outros objectos; efeitos luminosos; efeitos odorantes; efeitos sonoros; efeitos magnéticos; efeitos térmicos; efeitos químicos; efeitos fitológicos; incombustibilidade; pirogenia; fenómenos electroelectrónicos; efeitos atmosféricos; eventos aleatórios; radiestesia; poltergeist.
Bibliografia
Zimmermann, Zalmino. Perispírito
_________. Teoria da Mediunidade
Tubino, Matthieu. Um Fluido Vital Chamado Ectoplasma
_________. Saúde e Ectoplasma
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