À Conversa com Espíritos - XXVII - Lendo os escritos de Mesmer constata-se que o magnetismo animal não é uma teoria fluidista (fluido vital), sim um estado de vibração do fluido universal, a fonte primária de todas as forças e de toda a matéria. O que Mesmer chamava de ton de movimento pode, segundo os conceitos actuais da física, ser definido como uma acção dinâmica produzida por uma função de onda vital. Esta é uma ideia que se abraça sem receio e explica satisfatoriamente a cura, o sonambulismo, a mediunidade, o hipnotismo, e também explica a homeopatia, que igualmente é vitalista. A ser assim: 1) a elevada capacidade de cura de algumas pessoas não tem a ver com capacidade fluídica, mas sim com a elevada frequência vibratória que possuem; 2) para não haver incompatibilidade conceitual, quando Kardec diz, grosso modo, que numa cura o que há é uma modificação molecular deve inferir-se que a vibração dirigida pela vontade do operador estimula no sujet essa alteração, o qu...
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À Conversa com Espíritos - XXVI - O livro Nosso Lar mais que um best-seller é a “ b íblia” da nova revelação espírita (a quarta, segundo alguns) , po is diz o que queremos ouvir. Mas, neste caso também, o que queremos ouvir corresponde necessariamente à verdade? - Mais uma vez: foi algo que os Espíritos espontaneamente, por diversos médiuns, em diversos lugares e ao mesmo tempo, disseram? A similaridade de Nosso Lar, e vários outros da série atribuída ao Espírito André Luiz, com A Vida Além do Véu é evidente, mas a obra de George Vale Owen antecedeu em, grosso modo, três décadas esses livros de F. C. Xavier [Owen recebeu as primeiras páginas em Setembro de 1913 e Nosso Lar foi publicado em 1944], pelo que o princípio necessário para a concordância não está presente. É de notar que a mediunidade, sobretudo o transe mediúnico, não se dissocia da sugestionabilidade, que se geralmente é exógena não impede a causa endógena, ou seja, a auto-sugestão. Não é de excluir o plágio....
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À Conversa com Espíritos - XXV - No catálogo das Revelações adoptado pelo Espiritismo, Moisés é o pilar da primeira. Porém, há sólidas indicações que Moisés, como o conhecemos, é um mito, ou um conjunto de mitos reunidos num só. A ser verdade, é mais um exemplo de que mito e realidade têm psicologicamente o mesmo valor, basta para tal que se acredite na história contada. Mas atendendo a que o Espiritismo tem um compromisso com a verdade, ou não enfatizasse o Espírito de Verdade, não deveria eliminar os mitos do seu seio à medida que os reconhece? - A linguagem dos mitos é a linguagem dos símbolos, entender a mensagem dos símbolos é passar de uma busca de significado para uma experiência de significado. Como diz um erudito, “os mitos são chaves para as potencialidades espirituais da vida humana.” Por conseguinte, quando a vida em espírito sobrepujar a matéria, a realidade, ou a verdade, será simples de entender, aceitar e viver, e os mitos não serão mais necessários. Mas n...
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À Conversa com Espíritos - XXIV -Camille Flammarion escreveu uma ficção didáctica em forma de diálogo em que um dos interlocutores habitava Capela (RE, Março e Maio de 1867); em 1939 é lançado o livro A Caminho da Luz (Francisco Cândido Xavier/Emmanuel) onde é contado o exílio para a Terra de milhões de Espíritos oriundos de um orbe de Capela; inspirado nesta narrativa Edgar Armond publica em 1951 Os Exilados da Capela, onde desenvolve as ideias de Xavier/Emmanuel. Decorrência: a narrativa é hoje uma verdade instalada, e inquestionável, no movimento espírita. A dúvida: é matéria suficiente para ser aceite como verdade, ou é um daqueles casos em que uma mentira repetida muitas vezes passa a ser uma verdade? - Como aferir o que só tem por base a confiança na palavra dos Espíritos? Fique claro de uma vez por todas: quando os Espíritos julgam que um novo princípio, uma nova ideia precisa ser incorporada, transmitem o novo pri...
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À Conversa com Espíritos - XXIII - A arquitectura de civilizações antigas, particularmente nas grandes edificações egípcia e maia, ainda hoje não se consegue explicar de modo conclusivo , por e xigir recursos de engenharia que não se imagina exist entes à época . Tanto assim é que uma das teorias socorre-se dos extra-terrestres, com capacidades e tecnologia que ainda não dominamos. Não é implausível, mas se tomarmos em consideração o que vem n’O Livro dos Médiuns IV, 74 – VIII a XV, e V , 99 – 14ª e respectiva nota , não será a aplicação de manifestações físicas controladas explicação tão ou mais plausível que a dos extra-terrestres ( sem excluir a hipótese de uma acção conjugada de alienígenas e Espíritos)? - A investigação do desconhecido requer, para ter sucesso, abertura mental para todas as possibilidades, atribuindo-lhes, à partida, o mesmo grau de probabilidade, para que a verdade não venha a ressentir-se de preconceitos apriorísticos. O desenvolvimento da inve...
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À Conversa com Espíritos - XXII - É inegável que existe convergência entre a proposta social do E spiritismo e política igualitária , posicionamento que deveria manifestar-se nos espíritas pelo menos na hora de exercer o dever cívico de votar, coisa que pouco acontece. Ou s erá que para ser considerado espírita basta acreditar na existência dos Espíritos, ignorando as incongruências relativamente aos deveres explícitos e implícitos na doutrina espírita? - Os pressupostos sociais contidos na obra em geral e n’O Livro dos Espíritos em particular tiveram como efeito imediato nos seguidores de Allan Kardec uma determinada visão, magistralmente exposta por Léon Denis em Socialismo e Espiritismo, visão esta partilhada por Arthur Conan Doyle , em A Nova Revelação , e pelo próprio Kardec em Obras Póstumas , no capítulo “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. M as i lações deve m tirá-las cada um. Por isso, além das sugestões anteriores leiam também “Da Lei de Igualdade”...
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À Conversa com Espíritos - XXI - É voz corrente no meio espírita que o perispírito de Jesus demorou 1.000 anos a ser preparado. Tem fundamento a suposição? - A questão 94 d’ O Livro dos Espíritos diz que o Espírito tira o seu invólucro semimaterial d o fluido universal de cada globo, que não é idêntico em todos os mundos, e que em p assando de um mundo a outro o Espírito muda de envoltório, como os homens mudam de roupa. A alínea a) da mesma questão diz que quando os Espíritos que habitam mundos superiores v ão a um meio mais grosseiro tomam um perispírito revestido da matéria desse meio (n’A Génese [Gn XIV, 10] explica-se que “ Os Espíritos chamados a viver naquele meio tiram dele seus perispíritos; porém, conforme seja mais ou menos depurado o Espírito, seu perispírito se formará das partes mais puras ou das mais grosseiras do fluido peculiar ao mundo onde ele encarna.” Ainda, “ o s Espíritos superiores, encarnando excepcionalmente, em missão, num mundo i...