Por que bocejamos?


Bocejar é um comportamento fisiológico e um reflexo que acontece em todas as fases da vida, desde o nascimento até à morte. Todos os animais vertebrados bocejam, o que além dos humanos inclui peixes, pássaros, répteis e demais mamíferos.

Como bocejar é um reflexo, não temos controlo de como e quando bocejamos. A razão mais popular do bocejo aparecer é atribuída ao cansaço, sonolência ou tédio; só que nessa circunstância nós não bocejamos porque estamos com sono, mas para nos mantermos acordados. Com efeito, o bocejo está associado a hormonas que aumentam ligeiramente a pulsação cardíaca e o estado de alerta, funcionando como um auxiliar para que uma pessoa não durma.

Também se atribui ao bocejo a capacidade de ajustar a pressão nos ouvidos e efectuar o controlo térmico do corpo, embora esta última ainda careça de mais pesquisa. Certo já é que o bocejo é revelador de empatia. Quanto mais empática uma pessoa é mais frequentemente acontece essa reacção automática do organismo, que espelha o que vê, diante de alguém a bocejar. É algo que está provado estatisticamente através de vários estudos.

O bocejo tem também um significado espiritual, significado esse que varia de acordo com a tradição espiritual. Algumas interpretações comuns incluem: despertar espiritual; conexão com o divino; libertação de energias negativas; sintonia com o universo. Em qualquer delas o bocejo pode ser interpretado como um sinal de que a energia vital está a fluir e a ser renovada.

É importante reconhecer que o bocejo pode ser uma forma de libertar energia ou emoções e permitir que o corpo e a mente encontrem um equilíbrio natural. Isto pode ser especialmente verdadeiro quando se boceja constantemente, ou se sente essa necessidade, em curto período de tempo, às vezes até às lágrimas. Faz muito sentido ver também neste bocejar o sinal de uma presença espiritual – e nesta presença espiritual cabem os Espíritos propriamente ditos, as formas-pensamento e o contacto com auras de sinal diferente (e porventura outras menos evidentes).

Há pessoas mais sensíveis que outras a estas variações energéticas. Se o bocejo significa um sinal de alerta, como vimos no início, às pessoas mais sensíveis este bocejar incómodo quer-lhes dizer que estão a registar um fluido estranho, proveniente de um pensamento que não é delas.

A compreensão deste fenómeno está ligada à qualidade dos fluidos, segundo a explicação de Allan Kardec em A Génese (capitulo XIV, item 16): “Tem consequências de importância capital e directa para os encarnados a acção dos Espíritos sobre os fluidos espirituais1. Sendo esses fluidos o veículo do pensamento e podendo este modificar-lhes as propriedades, é evidente que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que os fazem vibrar, modificando-se pela pureza ou impureza dos sentimentos. Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável”.

E, diga-se passagem, estes fluidos espirituais corrompidos são extremamente desagradáveis. Ainda bem que bocejamos.

1 Esta acção é possível a todos os seres providos de inteligência e vontade, estejam desencarnados ou encarnados.

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