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Mostrando postagens de fevereiro, 2023
  Vampirismo Calma, não me refiro a esses terrificantes sugadores de sangue de caninos afiados das lendas; falo de sugadores de energia que exercem tão nefasta influência sobre o psiquismo das suas vítimas – influência no sentido de reproduzirem por eles o que não podem materialmente produzir. «A descoberta da antimatéria e da interpenetração dos mudos físicos e não físicos explicou também, necessariamente, a convivência de Espíritos e homens corpóreos num mesmo espaço, mas em diferentes dimensões da realidade. As pesquisas sobre reencarnação, implantadas na Universidade de Moscovo pelo Prof. Wladimir Raikov, propagaram-se às demais universidades soviéticas. Sendo os Espíritos nada mais que os homens desencarnados, é fácil compreender-se que as relações entre homens e Espíritos, no campo afectivo e mental, permitem as ligações de espíritos viciados com homens de tendências viciosas. Esse o novo tipo de vampirismo que surgiu das pesquisas espíritas em meados do século XIX. Os p
  A Terceira Revelação                Para a generalidade dos espíritas o Espiritismo é a Terceira Revelação, depois de Moisés, a primeira, e Jesus, a segunda. Até podia ser que sim, mas há um óbice: não existe a primeira. A segunda também por isso, mas não só, periclita; e, portanto, a terceira, que assenta na pressuposição das duas anteriores, torna a pretensão dos espíritas, que não são propriamente modestos, um tanto incabível.           Mas vamos por partes. Ao que tudo indica, Moisés, como o conhecemos, é um mito, ou um conjunto de mitos reunidos num só. Estas são as indicações fortes e plausíveis da investigação histórica e da arqueologia. É claro que podemos cristalizar a nossa crença na Bíblia, esse livro de maus costumes como o definiu José Saramago, com o argumento do rabino Uri Lam, da congregação israelita Templo Beth-El: "Tampouco vejo que se trata de algo lendário, no sentido de uma espécie de não-verdade, mas sim de campos de significados religiosos, espi
  As cordas do coração «251. Os Espíritos são sensíveis à música? – Queres falar da vossa música? O que é ela perante a música celeste, essa harmonia da qual ninguém na Terra pode ter ideia? Uma é para a outra o que o canto do selvagem é para a suave melodia. Não obstante os Espíritos vulgares podem provar um certo prazer ao ouvir a vossa música, porque não estão ainda capazes de compreender outra mais sublime. A música tem, para os Espíritos, encantos infinitos, em razão de suas qualidades sensitivas muito desenvolvidas. Refiro-me à música celeste, que é tudo quanto a imaginação espiritual pode conceber de mais belo e mais suave.» “As notas abrem as portas do nosso coração. Emocionamo-nos com uma melodia que atinge, tranquiliza, desperta, liberta ou inspira nosso centro do coração. Sabemos quando uma melodia toca nossas cordas porque afloram as lágrimas e emoções que às vezes nos surpreendem. Não é um processo cognitivo, sim de sentimento. Nossas expressões mostram a conexão ent
Breve nota sobre magnetismo curador Se levarmos uma pancada num braço instintivamente pousamos no local a mão do outro, ou sopramos quente, ou as coisas ambas, visando aliviar a dor. E resulta. Se dói a barriga do filho pequeno, ou a nossa, friccionamos em círculo, tendencialmente no sentido horário. E resulta.           Os animais curam as feridas lambendo-as; lamber as feridas é mais que uma figura, é um remédio. No episódio de cura atribuído a Jesus em que ele usou terra e saliva, está escrita uma verdade. Não oferecem dúvidas as propriedades terapêuticas da argila 1 nem as propriedades curativas da saliva. 2 (Há quem diga que a tendência para os beijos com troca de saliva tem por finalidade aumentar a imunidade da potencial gestante.)           O uso da saliva não faz parte dos procedimentos magnéticos, talvez para que ninguém se sinta cuspido, mas as imposições e o sopro quente e tantas outras técnicas fazem. O magnetismo está na natureza, tudo o que existe tem o seu cam
  Mediunismo 1 ao longo dos tempos           Em todas as civilizações, profetas, sacerdotes, videntes, xamãs, adivinhos, pitonisas, curadores, magos, feiticeiros prestavam-se à intermediação mediúnica. A crença na aparição e manifestação dos "mortos" remonta a eras que se perdem na noite dos tempos. Desde que o mundo existe, os Espíritos nunca deixaram de patentear aos homens a sua imortalidade. De facto, a comunicação entre desencarnados e encarnados é tão antiga quanto a própria Humanidade, pelo motivo simples de que a mediunidade é um atributo do ser humano. (Importante é abrir o parêntese de que a mediunidade independe da moralidade.)           Fechado o parêntese, remontamos ao Código dos Vedas, o mais antigo código religioso de que se tem notícia, onde se encontra o registo da existência dos Espíritos. Desde tempos imemoriais, os sacerdotes brâmanes, iniciados nos mistérios sagrados, preparavam indivíduos chamados "faquires" para a obtenção dos mais
  Levitação           A palavra peso indica uma relação entre dois corpos e não a natureza de um deles. Se pudéssemos suprimir o Sol (e todas as estrelas fixas), o peso da Terra seria nulo. Se fizermos desaparecer o corpo atraente, o outro naturalmente não é mais atraído, porque é unicamente na atração que consiste o peso. Em uma palavra, a gravitação não caracteriza de modo algum o estado efectivo e invariável dos corpos. Não podemos suprimir a Terra, mas talvez a sua força de atracção possa ser anulada pelo concurso de forças capazes de transformar, em dadas condições, a gravitação em levitação. 1           Existe uma força terrena agindo à distância, que nos parece apropriada à explicação da gravitação: é a electricidade. Em uma memória “sobre as forças que regem a constituição íntima dos corpos”, publicada em 1836 e reproduzida por Zöllner, Mossoti já declara que a gravitação pode ser considerada como uma consequência dos princípios que regem as leis da força eléctrica