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  Ectoplasma O termo ectoplasma (do gr. ektó s, fora, exterior + plasma , foi criado por Charles Richet (1850-1935), depois deter observado, numa série de sessões com a médium Eva Carrière, acontecidas em 1903, que os fenómenos ocorriam graças a uma substância viva, esbranquiçada, que dela saía. Antes de Richet, todavia, já era detectada pelos chamados iniciados, inclusive Paracelso, que no século XVI chamou-a de mysterium magnum. Sérgio Felipe de Oliveira associa a motilidade mitocondrial à produção de ectoplasma. Com base nos experimentos, observações e informações de notáveis investigadores, como W.J. Crawford, Charles Richet, Gustave Geley, Albert Schrenck Notzing, Mme. Bisson, William Crookes, Johann Zöllner, Paul Gibier, Ernesto Bozzano, Gabriel Delanne, Alexandre Aksakof, Albert Coste, Violet Tweedale, Hernani G. Andrade, Carlos de Brito Imbassahy e outros, é possível, já, catalogar algumas características do ectoplasma. Assim: Substância de natureza fi
  Autoconhecimento 919. Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal? “ Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo .” Comummente atribuíd o a Sócrates, este aforismo está inscrito n a entrada do templo de Delfos, construído em homenagem a Apolo , o deus grego do Sol, da beleza e da harmonia, e não lhe pertence. Mas mais importante que a pertença é sabermos a frase completa, que é: “ Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo”, o que, se não altera o princípio , pelo menos amplia o significado. Completa, a frase passa a significar, na minha interpretação, que somos substancialmente iguais aos deuses 1 , e que atingido esse desiderato conheceremos as leis que regem o universo, ou seja, que regem a Vida. No patamar evolutivo em que nos encontramos existe sobretudo desconhecimento, e o conhecimento revela seres de Sombra, para usar a figura da citação que se segue, e tão bem nos define.
  C ontrastes LM 230 «Isso é que suas comunicações se mostram cheias de banalidades, frivolidades, ideias truncadas e, não raro, muito heterodoxas, espiriticamente falando. Certamente, podem eles dizer, e às vezes dizem, coisas aproveitáveis; mas, nesse caso, principalmente, é que um exame severo e escrupuloso se faz necessário, porquanto, de envolta com essas coisas aproveitáveis, Espíritos hipócritas insinuam, com habilidade e preconcebida perfídia, factos de pura invencionice, asserções mentirosas, a fim de iludir a boa-fé dos que lhes dispensam atenção. Devem riscar-se, então, sem piedade, toda palavra, toda frase equívoca e só conservar do ditado o que a lógica possa aceitar, ou o que a Doutrina já ensinou. As comunicações desta natureza só são de temer para os espíritas que trabalham isolados, para os grupos novos, ou pouco esclarecidos, visto que, nas reuniões onde os adeptos estão adiantados e já adquiriram experiência, a gralha perde o seu tempo a se adornar com as penas do
  Esperança 730. Uma vez que a morte nos faz passar a uma vida melhor, nos livra dos males desta, sendo, pois, mais de desejar do que de temer, por que lhe tem o homem, instintivamente, tal horror, que ela lhe é sempre motivo de apreensão? “ Já dissemos que o homem deve procurar prolongar a vida, para cumprir a sua tarefa. Tal o motivo por que Deus lhe deu o instinto de conservação, instinto que o sustenta nas provas. A não ser assim, ele muito frequentemente se entregaria ao desânimo. A voz íntima, que o induz a repelir a morte, lhe diz que ainda pode realizar alguma coisa pelo seu progresso. A ameaça de um perigo constitui aviso, para que se aproveite da dilação que Deus lhe concede. Mas, ingrato, o homem rende graças mais vezes à sua estrela do que ao seu Criador.” «(…) Sendo bem conhecida a enorme força inata do instinto de conservação, o que fará com que haja pessoas que decidem pôr termo a esse bem precioso, a vida? Não é, certamente, a miséria, a extrema degradação das c
  Materialismo «Hoje em dia, ser materialista é assinar o seu próprio laudo de incompetência por motivos óbvios e físicos: está provado que, se não houver um agente estranho ao sistema energético universal, ou seja, que não pertença ao domínio da energia dita em expansão, esta, por si só, jamais terá condições de se alterar e, com isso, dar formação até à mais simples e elementar subpartícula atómica». ( Imbassahy, Carlos de Brito. A Bioenergia no Campo do Espírito) Traduzindo: sem os agentes estranhos ao sistema energético universal, ditos agentes estruturadores, a actuarem sobre o universo, nele não existiria mais do que uma grande quantidade de energia amorfa em expansão, sem modulação e sem formas. Isto quer dizer que não existira matéria como a conhecemos, nem como a que desconhecemos, e muito menos existiria quem a pudesse conhecer. Acresce ainda que “sendo a vida muito mais subtil do que qualquer outra forma material, é de se supor que ela não possa advir da simples forma
  Ideoplastia 1 « O vocábulo ideoplastia foi criado pelo Dr. Durand de Gros em 1860, para designar os principais caracteres da sugestibilidade. Mais tarde, em 1864, o Dr. Ochorowicz o empregou para designar os efeitos da sugestão e da auto-sugestão, quando ela faculta a realização fisiológica de uma ideia, como se dá nos casos da estigmatização. Finalmente, o Professor Richet o propôs, quando das suas experiências com as senhoritas Linda Gazzera e Eva C. (1912-1914), cujas experiências demonstraram, de feição nítida e incontestável, a realidade da materialização de semblantes humanos, que eram, por sua vez, reproduções obje c tivadas e plásticas de retratos e desenhos vistos pelos médiuns. Claro é que, desses factos, dever-se-ia logicamente inferir que a matéria viva exteriorizada é plasmada pela ideia. E aí está a exacta significação do termo ideoplastia, aplicado aos fenómenos de materialização mediúnica. E a substância viva, exteriorizada e amorfa, sobre a qual se exerc
  Como a reencarnação desapareceu do cristianismo 1 A primeira referência conhecida à reencarnação remonta ao século VII a.E.C., com o orfismo, antiga religião de mistérios da Grécia. De aí em diante, figuras incontornáveis da cultura ocidental, como Pitágoras (séc. VI a.E.C.), Platão (séc. V-IV a.E.C.) Cícero e Virgílio (séc. I a.E.C.) e Fílon de Alexandria (c.20 a.E.C. – c.50 E.C.) escreveram e ensinaram sobre a reencarnação e, ao que tudo indica, o tema não era mera especulação de intelectuais, mas a expressão escrita de uma crença corrente. Temos de lembrar, para entendermos o desfecho de negação da reencarnação pelas igrejas cristãs, que associado àquela estava o conceito de união com Deus. O significado deste conceito diz-nos que todos somos filhos de Deus; como tal, a salvação é um processo individual que depende do esforço próprio, sem intermediários 2 , e que a união com Deus é possível, depois do ciclo das reencarnações. Isto leva-nos já para o Primeiro Concílio de
  Curas (mais ou menos milagrosas) «Têm algumas pessoas, verdadeiramente, o poder de curar pelo simples contacto? “ A força magnética pode chegar até aí, quando secundada pela pureza dos sentimentos e por um ardente desejo de fazer o bem, porque então os bons Espíritos lhe vêm em auxílio. Cumpre, porém, desconfiar da maneira pela qual contam as coisas pessoas muito crédulas e muito entusiastas, sempre dispostas a considerar maravilhoso o que há de mais simples e mais natural. Importa desconfiar também das narrativas interesseiras, que costumam fazer os que exploram, em seu proveito, a credulidade alheia.”» (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, questão 556) De vez em quando somos confrontados com notícias de curas ou, no mínimo, de alívio em doentes devidas à oração 1 de grupos. É algo indubitável de explicação simples. Orar é vibrar, é emitir ondas; em grupo e com objectivo comum, a uma onda soma-se outra e outra fazendo de várias, por efeito da ressonância, uma só onda de