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Mostrando postagens de março, 2023
  O tribuno baiano           O tribuno baiano opina sobre tudo e mais alguma coisa, inclusive sobre o que não sabe. Mas como é um falador exímio, dominador da arte rococó da palavra e mestre contador de histórias, disfarça a ignorância vestindo a jaleca de encantador de burros, porque é efectivamente sobranceiro.           O tribuno baiano também escreve livros, muitos. Prolixo como é, não há tema que lhe escape, antecipando sempre os mais espectaculares e inverosímeis, porque é o que vende, e isto numa parceria com Espíritos também eles mestres da verborreia e dos circunlóquios, como é apanágio dos pseudo-sábios.           O tribuno baiano tem um Espírito mentor com aparência de freira que, segundo diz, o obriga a escrever a lápis, não permitindo outro meio 1 ; ora, esse Espírito preso à forma e ao capricho é o quê na escala espírita? Noutro médium seria um evidente folgazão a divertir-se à custa de um simples, ou, na terminologia espírita, de um obsidiado 2 ; mas
  A Adoração e as Religiões do Livro «- Em que consiste a adoração? - Na elevação do pensamento a Deus. Deste, pela adoração, aproxima o homem sua alma .» «- Tem Deus preferência pelos que O adoram desta ou daquela maneira? - Deus prefere os que O adoram do fundo do coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal, aos que julgam honrá-Lo com cerim ó nias que os não tornam melhores para com os seus semelhantes. Todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Ele atrai a Si todos os que lhe obedecem às leis, qualquer que seja a forma sob que as exprimam. É hipócrita aquele cuja piedade se cifra nos actos exteriores. Mau exemplo dá todo aquele cuja adoração é afectada e contradiz o seu procedimento.»                Ora aí temos as Religiões-do-Livro, com os seus estudiosos e exegetas, que produzem seres que fazem lamentações com ou sem Muro, ou ajoelham virados para Meca, ou persignam-se diante da Cruz, e a seguir vão tranquilamente para a rotina diária de tod
  Neurónios espelho           Nas três últimas décadas os investigadores identificaram um grupo de neurónios os quais denominaram “neurónios espelho”, que actuam de modo muito parecido ao princípio da vibração por simpatia. O simples facto de observar as acções de outra pessoa activa estes neurónios. Mesmo que só sejamos observadores, certas partes do nosso cérebro respondem como se estivessem a realizar a mesma a c ção que estão a presenciar. A existência de neurónios espelho deu pistas aos cientistas de que sentir compaixão e empatia, qualidades ambas que n ossa alma desenvolve , é natural no ser humano. 1 Nas experiências onde os sujeitos vêem um filme em que alguém cai e fere a perna direita, observou-se que no cérebro dos espectadores iluminam-se zonas que coincidem com a experiência da dor na perna direita. Quando vemos um acontecimento emocional ou físico forte que está a acontecer a outra pessoa sentimos a sua dor, literalmente. Mas não é só observar uma acção o que f
  Eram os deuses astronautas?               Eram os deuses astronautas? é o título de um livro de Erich Von Däniken, de 1968, em que o autor defende a tese de deuses e mitos de uma relativa antiguidade terem por base a presença visível e de proximidade de alienígenas. Sendo um livro de especulação científica, temos de assumir também e desde já que aquela não é contrária à Ciência (não confundir com ficção científica).           Tendo nós de aceitar a impossibilidade de não haver mais, e muita, vida inteligente no universo, a explicação dada para as figuras humanas com acessórios que só século XX conheceu em astronautas torna-se plausível. Também tantos desenhos cavados no solo ou feitos de pedras enfileiradas, que só adquirem significado visual se vistas de cima, de bem alto até, podem ter um sentido prático que derruba a barreira da intenção desconhecida que ainda lhes atribuímos.           O autor propõe-nos mais de 300 interrogações para as quais nada se perde ter a ment
  Da encarnação nos diferentes mundos «- Nossas diferentes existências corpóreas se passam todas na Terra? — Não, mas nos diferentes mundos. As deste globo não são as primeiras nem as últimas, mas as mais materiais e distanciadas da perfeição.»           Se é verdade que a Terra é um mundo dos mais materiais e distanciados da perfeição, e só pode ser verdade, então o entendimento de Deus, da vida espiritual, das leis morais, e de tudo em geral, não pode exceder esse atraso, senão não seria dos mais materiais e distanciados da perfeição. Posto isto, pretender alguém que já tem a última palavra sobre seja o que for é completa tontice. Pretender também que já encarnou entre nós a figura mor do sistema planetário é não ter noção do desperdício que isso representa na economia divina.           Ainda não saímos do relativo, por manifesta incapacidade de entender o absoluto. Deixemo-nos de ilusões, sejamos humildes e aceitemos a pequenez, só assim podemos crescer. O orgulho ceg