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Mostrando postagens de junho, 2023
  Espiritualidade e Sexualidade. Achega. Seja em virtude de dupla função da pineal 1 , seja por outras causas, desenha-se no ser humano uma tensão nem sempre fácil de gerir entre o instinto sexual e o apelo às realizações do espírito pela sublimação da força genésica. Entram aqui em jogo outros factores, a saber: a situação moral do indivíduo e as sintonias que estabelece, os quais potenciam mais uma coisa ou mais outra, levando num extremo aos maiores desvarios sexuais 2 e noutro extremo às maiores realizações criativas e altruístas 3 . Em defesa, cito: “Uma das opções centrais do tantrismo é clara: o homem descobre que a sua energia sexual não é simplesmente uma força de reprodução, ela transborda dos quadros da simples conservação para fornecer ao indivíduo a possibilidade de atingir estados de consciência mais elevados” ( Espiritualidade e Sexualidade, A.-M. Cocagnac. Artigo em O Livro dos Poderes do Espírito, coord. Louis Pauwels e Jean Feller). Isto remete-nos para a
  Criações fluídicas e Vidência «O princípio das criações fluídicas parece ser uma das mais importantes leis do mundo incorpóreo.  Nos seus momentos de emancipação, gozando a alma encarnada parcialmente das faculdades de Espírito livre, pode produzir efeitos análogos. Aí pode estar a causa das visões ditas fantásticas. Quando o Espírito está fortemente imbuído de uma ideia, seu pensamento pode criar uma imagem fluídica correspondente, que para ele tem todas as aparências da realidade (…). Todas as visões têm seu princípio nas percepções da alma, como a vista corporal tem a sua na sensibilidade do nervo óptico. Mas elas variam em sua causa e em seu objeto. Quanto menos desenvolvida é a alma, mais susceptível de criar ilusão sobre o que vê. Suas imperfeições a tornam sujeita ao erro. As mais desmaterializadas são aquelas cujas percepções são mais extensas e mais justas.» (RE, Agosto 1866) A mente é um mundo misterioso, que antes de se afirmar na plenitude gloriosa passa por comple
  Mediunidade Inconsciente                Defende-se a mediunidade inconsciente como a mais fidedigna. É-a no que respeita ao que o comunicante quer dizer, mas também é a que permite ao médium rebolar pelo chão e dizer obscenidades, e eventualmente a que permite ser medianeiro do seu próprio pensamento, sem fingimento em caso de sonambulismo, e com fingimento quando há um propósito menor, em que fica muito conveniente não haver lembrança de nada. Os casos que conheço onde há inconsciência revelam também um descontrolo elevado, o que confere à mediunidade assim manifestada o carácter de patologia, conforme definido pelo CID-10 .               A finalidade da mediunidade não é, ou não deveria ser, o espectáculo, nem a exposição de excentricidades, nem ainda a vã satisfação de curiosidades, pelo que virem Espíritos facetos com léria na inconsciência do médium nada acrescenta ao conhecimento nem enobrece a fidedignidade.                Tende a mediunidade a ser cada vez mai